Quem é Marcelino ULTRA?

Quem é Marcelino ULTRA?
- Cristiano Marcelino (36 anos) é Bombeiro Militar, Ultramaratonista, Professor de Educação Física graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Mestre em Ciências pela UFRJ. Casado com Nilce Marcelino (37 anos) e pai de Filipe Marcelino (9 anos).

domingo, 19 de maio de 2013

Patagonia Run 100K


Uma prova extrema!

100 Km de trilhas em montanhas, largada à meia-noite, 8 horas de escuridão, mochila nas costas, 10 graus negativos, neve no meio da canela e água do CamelBak congelada.
Este foi o resumo da minha 23ª Ultramaratona, realizada em San Martín de los Andes – ARGENTINA.


Tive o prazer de conhecer San Martín de los Andes no ano passado onde foi dada a largada do EL CRUCE, realizado em fevereiro de 2012.
Desta vez a cidade estava bem mais fria, a prova foi no dia 13 de abril, já com neve nos cumes aos arredores da cidade.

Esta prova é bem abrangente, pois tem as seguintes opções de distância: 10K – 21K – 42K – 63K – 84K – 100K, todas realizadas em trilhas de montanha.

Fui para a prova com minha esposa Nilce que também correu esta prova, escolhendo a distância de 42K – sua primeira Maratona – enquanto eu fiz os 100K.
Fomos via Buenos Aires e Bariloche, ficando dois dias nesta última fria e linda cidade.


Voo para Argentina com minha esposa Nilce


Em Bariloche podemos nos aclimatar ao frio patagônico e também conhecer bem esta espetacular cidade. Fizemos vários passeios muito legais, com direito a subir o Cerro Campanario pela Aerosilla (um teleférico aberto).

Subindo o Cerro Campanario pela Aerosilla



Também fiz dois treinos realizados na manhã fria e ainda escura de Bariloche.
Depois deste período em Bariloche ao sairmos de manhã para a rodoviária fomos surpreendidos pelo chuvisco tradicional da cidade virar neve a cair em nossas cabeças, uma sensação incrível e muito bonita.
No caminho para San Martín de los Andes já podemos ver os picos nevados aos quais íamos correr entre eles.


Neve nos picos para San Martín de los Andes

Chegando a San Martín de los Andes

Encontramos nossos amigos de Niterói, Marcelo Sampaio e Maria Cláudia, que foram correr 42K e 10K, respectivamente.

Marcelo, Cláudia, Nilce e Eu - de Niterói para Patagonia

Depois fomos para o Posto de Credenciamento pegar nossos kits e entregar o atestado médico. Tudo muito bem organizado, já sendo uma prévia de como seria a organização da prova em geral.

Chegando ao credenciamento

Meu credenciamento nos 100K

Nilce no credenciamento dos 42K


Após isto fomos ao Posto Neutro, lugar montado para distribuição das camisetas e para fazermos a Foto Oficial da prova.

Foto Oficial do Patagonia Run


O KIT da prova foi basicamente composto de:
·         Camiseta Patagonia Run
·         Número do atleta
·         Chip de cronometragem
·         Pulseira para Pasta Party
·         Adesivos Mountain Hard Wear
·         Sacola para apoio no Posto Colorado (Km 33 e 83,5)
·         Sacola para apoio no Posto Quechuquina (Km 58)
·         Biscoito Ser
·         Barra de cereais Ser
·         Protetor solar Dermaglós
·         Pós-sol Dermaglós

Feito isto fomos à loja Scandivanian, que além de oferecer excelentes descontos aos atletas da prova também presenteou os atletas de cada distância com um item diferente.


Na loja Scadinavian

Para os 100K ganhei:


Uma camiseta térmica manga longa Mountain Hard Wear


No dia seguinte, ao qual seria dada a largada dos 100K à meia-noite, realizou-se o Congresso Técnico, no qual podemos ver todos os detalhes de nossos percursos.


Indo para o Congresso Técnico


Logo depois deixei no Posto Neutro as duas sacolas que usaria como suporte nos Kms 33, 58 e 83,5. Lá deixei várias coisas, tais como: tênis reservas, vestuários reservas, reposição de suplementos, medicamentos etc.
 Agora era descansar um pouco, pois a partir das 23h começavam a sair os translados para a largada que ficava a cerca de 15 minutos do centro da cidade.

Então, com tudo já pronto e separado, dormi um pouco até às 22h45min, levantei e me arrumei, deixando Nilce dormindo no hotel que ficava a três quadras do local de embarque.

O ASICS Gel-Fuji Trabuco antes de ser colocado à prova

Às 23h (1h antes da largada) indo pegar a van

Ao entrar na van para ir à largada já comecei a entrar no clima dos 100K. Os corredores todos com cara de malucos (eu também!) vestidos com suas roupas extravagantes com garrafas penduradas por todos os lados, bastões e lanternas também ressaltavam neles. E o mais legal foi que apesar do frio e da horário o som da van estava em alto volume com uma música eletrônica muito animada.

A largada era num quartel do exército argentino – Regimento de Cavalaria de Montanha 4 – e por lá a temperatura já devia estar quase chegando a zero grau, pois era bem no meio da floresta e no meio das montanhas. 
Desembarquei e fui na escuridão seguindo os outros atletas para um refeitório onde foi montada um café da manhã (digo, da madrugada) e o guarda-volumes.

Preferi só tomar um pouco de Powerade e deixar minhas roupas mais grossas que seriam me entregues no dia seguinte na cidade. O clima de confraternização entre os atletas era muito bom.
Faltando 15 minutos para largada todos saíram do refeitório em direção à largada que estava a uns 400 metros de distância.
Fiquei bem surpreso pela quantidade de atletas para os 100K – 320 Ultramaratonistas – e também pela quantidade de espectadores que presenciavam nossa largada nesta madrugada fria, estava bem cheias as grades da largada.

Ao todo o foram 2.600 atletas de vários países competindo nas diversas distâncias do Patagonia Run.
Enquanto a largada dos 100K era a meia-noite, os 84K largavam às 2h da manhã, os 63K às 07h30min, os 42K às 08h30min, os 21K às 10h15min e os 10K às 11h30min.
Todas as largadas e chegadas eram no mesmo local (Largada no RCM4 e chagada no centro da cidade).

Pronto para largada dos 100K

Quando faltavam cinco minutos para a largada o locutor já fazia a contagem regressiva e o som era aumentado e todos pareciam estar prestes a explodir de alegria para largar para nestes 100K.
A 00h00min em ponto foi dada a largada com um mar de atletas de camisetas verdes fluorescentes (era obrigatória a utilização da camiseta da prova por cima das outras roupas) e centenas de luzes a seguir montanha à dentro!






Foi dada a largada dos 100K!

O percurso de 100K era de assustar qualquer Ultramaratonista experiente, não só pela distância que já é para poucos, mas pela altimetria que faria os atletas a subir e descer incontáveis vezes as montanhas patagônicas com altitudes entre 641 metros e 1.785 metros, sendo acumulada uma ascensão total de 4.443 metros. Além disto, deve-se levar em conta (com certeza!) o terreno da prova, com muitas trilhas técnicas de pedras e neve, além da temperatura de 10 graus negativos enfrentada nas partes altas da prova.

Altimetria Patagonia Run 100K


A primeira parte de prova que era da largada até o Posto de Hidratação ROSALES (KM 5,5) foi de adaptação à prova, com ajustes de roupas ao frio, de head lamp à escuridão e de elásticos dos tênis às trilhas. Todo este trecho foi praticamente de subida e com os corredores bem juntos, somente no final do trecho que tivemos uma descida para chegar ao posto.
Chegando ao posto o mesmo era muito bem servido pelos staffs da organização, tinha água, Coca-Cola e Powerade, tudo à vontade. Abasteci-me e segui em frente!

Posto de Hidratação ROSALES (KM 5,5)

O próximo trecho era de 9Km chegando ao Posto de Apoio CORFONE (KM 14,5). Este trecho já foi bem duro, com uma longa subida passando pelo Filo Lolog (1.350m) para depois descer e subir novamente até o posto. Cheguei lá com 2h04min de prova. O posto era montado dentro de uma casa e além dos itens de hidratação anteriores também tinha alimentação, com croissants, barras de cereais, sopas e mais uma grande diversidade de alimentos, tudo muito bem servido.
Após uma rápida pausa de menos de 1 minuto dentro do posto de apoio já parti para a trilha e deu para senti a diferença de temperatura com a roupa fria no corpo.

Posto de Apoio CORFONE (KM 14,5)




Para o próximo trecho seriam mais 8Km quase 100% em subida até o próximo posto de hidratação. Este trecho as dificuldades foram totalmente acentuadas devido ao frio, já no KM 18 de prova já podia observar a vegetação toda congelada em minha volta – tudo branco – e além disto, num dos inúmeros rios que já tinha passado, sempre com muito cuidado para pisar nas pedras certas e evitar ao máximo molhar os pés, escolhi bem a primeira pedra e ao pisar a segunda ambas rolaram e eu caí com os dois pés dentro da água congelada e para evitar que caísse de cara na água tive que colocar por impulso as duas mãos com as luvas dentro da água, isto me trouxe uma grande dificuldade de frio nas mãos, retirando as luvas molhadas e colocando elas dentro das calças para tentar secar ou esquentar, que depois vi que era inútil.

Com 2h45min de prova - KM 20, descobri simplesmente que a água da minha mochila de hidratação estava totalmente congelada dentro do tubo, que impossibilitava de eu beber água.

Água da mochila já congelada no KM 20

Com 3h06min de prova - KM 21, já começava a ver os primeiros sinais de neves aos meus pés, começando aos poucos e aumentando conforme ia subindo.
Chegando ao Posto de Hidratação CORFONE (KM 22,5) pude fazer a reposição de minha água que estava congelada e também descobri que tinha que ir sempre dobrando o tubo e sugar a água em intervalos curtos para evitar que ela congelasse. 

Posto de Hidratação CORFONE (KM 22,5)

O próximo trecho seria o mais temido da prova – a subida ao Cerro Colorado (1.785 metros), ponto culminante do percurso – trecho este com 5Km de dura subida, 2Km de duríssima descida e 3Km mais planos para chegar ao próximo posto de apoio. A subida foi inicialmente em trilhas fechadas e que depois passava por um longo trecho aberto e com muita neve.

No KM 25 com 3h50min de prova a neve não era contínua, mas sim vários acumulados de neve nova e muito fofa que chegou à altura do meio da canela nos pontos mais críticos, alternando com o terreno todo pedregoso e com o vento cortante.

Chegando ao cume do Cerro Colorado com 4h30min de prova e no KM 27 pude avistar as luzes da cidade muito lá embaixo e também um rastro enorme de lanternas subindo no meu rastro, uma grande emoção. 


Cume do Cerro Colorado (KM 27 – 1.785m)


Porém se a subida era dura a descida era igualmente sacrificante, pois era extremamente íngreme e pedregosa.

 Então cheguei ao Posto de Assistência Total COLORADO 1 (KM 33) com 5h18min de prova. Lá havia uma mochila minha de suporte.

Posto de Assistência Total COLORADO 1 (KM 33)


Fiz a substituição das meias, limpando os pés dos detritos com uma toalha, mas preferi não trocar os tênis. Também troquei a camiseta primeira pele. Comecei a sentir cãimbras nos quadríceps, por isto tomei uma capsula de sal extra e coloquei um spray analgésico. Feito isto segui meu caminho.

Agora seriam 3Km de algumas pequenas subidas e descidas e um trecho de quase 1Km totalmente plano e encharcado, com água acima do tornozelo em alguns pontos.

Então cheguei à subida para ao Cerro Quilanlahue (1.672 metros), uma subida duríssima! Foram 4Km de subida de 30 a 34% de inclinação que se alternava entre neve e pedras soltas, muito difícil de progredir.
Cheguei ao cume que era totalmente rochoso e marcado por um cruzeiro no KM 40, com 7h23min de prova. Agora podia avistar, além das luzes da cidade - muito pequena lá embaixo, no horizonte os primeiros sinais do sol que ia nascer.

Cume do Cerro Quilanlahue (KM 40 – 1.672m)







Agora tinha novamente uma duríssima e longa descida com predominância arenosa, parecia descida de dunas, muito doído mesmo!
O visual era deslumbrante, pois à medida que ia chegando às 8h da manhã o céu começava a clarear e deixar amostra vários picos montanhosos nevados.
Os pés sofriam muito nesta descida pelo grande acúmulo de terra dentro dos tênis, mas a todo o momento eu ansiava pelo término desta longa descida para chegar ao próximo posto de apoio.

Enfim cheguei ao Posto de Apoio QUILANLAHUE 1 (KM 43), com 8h00min de prova.
Estes 43Km iniciais foram extremamente exigentes e fizeram muitos Ultramaratonistas desistirem da prova. Foram 2h41min que levei para percorrer estes 10 últimos Km (33 KM ao 43 KM). Chegando ao posto podia ver a van de apoio já com vários atletas desistentes aguardando o retorno à cidade. O posto, montado dentro de um enorme galpão, parecia um verdadeiro cenário de guerra, com gente caída por todos os lados, expressões de desespero e de dor podiam ser facilmente notadas.

Posto de Apoio QUILANLAHUE 1 (KM 43)

Fiquei por lá cerca de 4 minutos, o suficiente para me hidratar, alimentar e abastecer, sem me ater muito aos outros atletas e não desanimar junto com eles.
Saí caminhando um pouco para voltar a ativa, já desligando neste momento minha head lamp e vendo que apesar de faltar muito, a pior parte - composta das duas grandes montanhas da prova, da escuridão e do frio extremo, já tinham passado e não podia me deixar abater, então voltei logo a correr!



Desligando a head lamp depois de mais de 8h de escuridão

Muita coisa pela frente, mas sem desanimar!


Agora seriam mais 15Km até o próximo posto de apoio. Um trecho bem diversificado, com partes planas, além de subidas e descidas curtas incluindo uma subida de média montanha com uma grande descida.

Cheguei a marca do KM 50 com 8h59min de prova. O céu apesar de clarear estava totalmente nublado, mantendo o frio intenso da manhã na floresta. Tomei um Ibuprofeno extra contra as dores no joelho.

KM 50 – metade da prova

Com 9h56min de prova cheguei ao Posto de Assistência Total QUECHUQUINA (KM 58), onde peguei minha bolsa de apoio e fiz a troca de meias e camiseta primeira pele, também troquei o emplasto aquecido do meu joelho esquerdo. Fiquei uns 5 minutos por lá, tempo suficiente para fazer a troca destes vestuários, tomar um café-da-manhã composto de croissant e Coca-cola pegar meus suprimentos e seguir para o restante da prova – uma maratona (42 Km) pela frente agora.

Saindo do Posto de Assistência Total QUECHUQUINA (KM 58)


No KM 62, com 10h44min de prova cheguei a ao Lago Lacar (o mesmo que forma às praias de San Martín de los Andes), por lá tinha uns 2Km de costeira de pedras e troncos caídos que dificultavam a corrida.







À beira do Lago Lacar (KM 62)

Logo após o Lago e um trecho de trilha cheguei ao Posto de Hidratação QUECHUQUINA (KM 65,5), fiquei surpreso por mesmo estando no meio da floresta, este posto era na beira de uma estrada e nela tinha uma dezena de espectadores que me vendo passar aplaudiam. Após me hidratar agradeci pelo apoio e segui em frente atravessando a estrada e já entrando em outra trilha fechada e subindo.

Este trecho agora seria o mais complexo de toda prova, com mais de 10Km até o próximo posto de apoio sendo tudo de trilhas muito fechadas e com muitas subidas, incluindo três grandes picos. 

Cheguei ao Posto de Apoio QUILANLAHUE 2 (KM 76), com 13h08min de prova passando por este posto agora pela segunda vez, localizado no Grande Galpão. Diferente da primeira vez, onde só tinham corredores de 100K, agora os de 84K também passavam por lá e os de 63K faziam o retorno lá dentro, sendo assim o posto estava muito movimentado e mesmo assim as atenções se voltavam a cada vez que um atleta de 100K passava. Fiquei uns 3 minutos só o suficiente para alimentar e hidratar e segui para o caminho.

No KM 78 iniciou-se uma forte subida que depois levaria ao próximo posto de apoio 5Km adiante.

KM 78 - seguindo...




Cheguei ao Posto de Assistência Total COLORADO 2 (KM 83,5) com 14h46min de prova, sendo a segunda vez que passava por lá e apanhava minha mochila de suprimentos, aproveitando para trocar pela última vez as meias e camiseta primeira pele, também substituindo a touca pela viseira.
O posto estava muito agitado, com atletas de 100K, 84K, 63K, 42K e 21K passando ao mesmo tempo.
Após uns 5 minutos neste posto saí para a trilha e segui o caminho que seria de descida predominante até o próximo posto 8,5Km à frente.

Saindo do Posto de Assistência Total COLORADO 2 (KM 83,5)


Cheguei ao Posto de Apoio Bayos (KM 92), com 16h04min de prova, sendo este o último posto da prova.
Agora tinha pela frente somente mais 8Km até a chegada, com uma grande subida e depois só descida até a cidade.

Saindo do Posto de Apoio BAYOS (KM 92)

Faltando 4Km para o final, saí da floresta e entrei numa estrada de terra que levaria direto para a cidade lá embaixo.

Faltando 1,5Km foi terminada as descidas e agora era só plano até a chegada. Neste momento a cada metro que se passava o número de espectadores aumentava e iam me felicitando e gritando BRASIL! A bandeira brasileira que levei por toda a prova pendurada nas costas presa em minha mochila agora estava nas mãos.

A 1,5 Km da META com a Bandeira na mão


Ao entrar na rua da chagada já podia ver o pórtico que ficava a quase 1Km em frente. A medida que ia avançando pela principal rua da cidade, já fechada ao trânsito somente para a prova, o espaço era diminuído pelo público que ali esperava na rua os atletas passarem.
 Mais alguns passos à frente já chegava nas grades que eu passei na madrugada anterior para embarcar na van para a largada, porém agora ele estava lotada de pessoas me gritando.

E após 17h04min05seg finalmente cheguei a META! A faixa de chegada me aguardava e com o locutor anunciando o meu nome e nacionalidade.

A chegada dos 100K!


Fiquei muito feliz por esta difícil medalha conquistada na duríssima Patagonia argentina em San Martín de los Andes.

Felicidade pelo dever cumprido


A organização ainda forneceu uma estatística com as parciais de cada atleta durante toda a prova:

Parciais Patagonia Run 100K

Fiz a prova inteira com o ASICS Gel-Fuji Trabuco e mesmo deixando outros tênis nos postos para substituição preferi ir com ele até o final, só trocando as meias. Uma excelente decisão!

ASICS Gel-Fuji Trabuco – imbatível nos 100K

A medalha duríssima de se conquistar!


Certificado de Finalista 100K



Ainda fiquei super feliz que minha esposa Nilce completou sua primeira maratona, em 7h47min.

Nilce nos 42K

Depois ainda pudemos desfrutar mais um pouquinho de San Martín de los Andes, Bariloche e Villa la Angostura antes de voltar para o Brasil.

Desfrutando das belezas patagônicas após a prova





Só tenho a agradecer a Deus, a todos meus apoiadores e a minha família por me proporcionar concluir esta 23ª Ultramaratona e seguir em frente superando os limites!

Um grande abraço e obrigado por me acompanhar e deixar aqui seu comentário.
Até a próxima!